Partindo de uma expectativa de crescimento de 2,25% para 2020, segundo o Boletim Focus de 13 de dezembro, a combinação de fatores que formam o cenário econômico endossa uma expectativa mais robusta de retomada.
Este quadro é composto pela redução da taxa de juros básica – a menor da história do Brasil, e que ainda não teve efeito na economia real. Por uma inflação estável. Assim como pelo contexto de reformas.
A reforma da previdência está de fato aprovada. A reforma administrativa tende a ser a primeira do ano que começa. E está no radar a reforma tributária, Porém, que requer mais tempo para ser aprovada.
Contribui para esta equação a retomada do consumo. Mesmo que a renda esteja crescendo lentamente, a concessão de crédito às famílias tem sido um destaque. O investimento requer mais tempo para uma retomada mais robusta. No entanto, o mercado financeiro em expansão tem colaborado. Na verdade, o mercado de capitais tem evoluindo substancialmente e tem tido um papel marcante nesta etapa de recuperação.
Contrapõe-se a esse cenário:
- um crescimento menor da economia mundial, apesar de que, para 2020, é esperada uma expansão de 3%;
- uma piora nas contas externas, com a saída de dólar;
- a patinada do setor industrial e a contínua volatilidade dos índices de confiança no Brasil.
No entanto, como resultado dos ajustes que vêm sendo promovidos na economia, houve uma melhora na situação fiscal do país. E isso tem ajudado a segurar a inflação a níveis baixos. Em 2019, o IPCA deve ser de 3,86% e o IGPM de 6,03%, conforme o último Boletim Focus.