A nova manutenção da taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 6,5%, durante a terceira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2019, reforçam as expectativas de redução no ritmo de crescimento da economia nacional. A decisão, detalhada na Ata publicada nessa terça-feira, 14 de maio, retoma perspectivas do mercado divulgadas no Boletim Focus, semana a semana, baseada em diversos indicadores, assim como questões ligadas ao cenário externo. O quadro não teve mudanças consideráveis desde a reunião anterior, relacionada à qual tivemos a oportunidade de refletir sobre os pontos por trás da decisão do Comitê.
Material preparado pelo economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro, evidencia um quadro misto, composto por indicadores positivos e negativos no que diz respeito à economia interna e externa. Em relação à retomada das atividades, por exemplo, os segmentos de varejo ampliado (que considera construção civil e imóveis) mostra evolução, porém, lenta. No caso do mercado de trabalho, apesar dos números decrescentes no que diz respeito à criação de vagas e do nível de desemprego considerado historicamente alto, a média do rendimento real do brasileiro se mantém crescendo.
De outro modo, dados do IBC-BR, forte sinalizador quanto ao crescimento o PIB, têm vindo frequentemente inferiores. Acompanhando, portanto, vêm vindo as perspectivas do mercado para o crescimento da economia brasileira para este e os próximos anos. E os índices de inflação, apesar de serem ainda considerados baixos no que diz respeito ao provável impacto na taxa de juros, têm aumentado. E, portanto, não deixam de servir de alerta.