. . Selic sobe para 6,25% ao ano

Na quinta reunião do ano do Comitê de Política Monetária, o Copom, o quinto aumento da taxa básica de juros. A Selic foi elevada de 5,25% para 6,25% ao ano. O incremento de 1,0 ponto percentual veio na mesma proporção do anterior.

Em comunicado do Banco Central emitido em seguida à decisão, o cenário básico descrito traz:

Fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes no cenário externo. Com reduções nas projeções de crescimento das economias asiáticas, refletindo a evolução da variante Delta da Covid-19. Diante do aperto das condições monetárias em diversas economias emergentes, em reação a surpresas inflacionárias recentes.

No entanto, os estímulos monetários de longa duração e a reabertura das principais economias ainda sustentam um ambiente favorável para países emergentes. O Comitê mantém a avaliação de que questionamentos dos mercados a respeito dos riscos inflacionários nas economias avançadas podem tornar o ambiente desafiador para países emergentes.

Em relação à atividade econômica brasileira, a divulgação do PIB do segundo trimestre, assim como os indicadores mais recentes, continua mostrando evolução positiva e não enseja mudança relevante para o cenário prospectivo, o qual contempla recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre.

A inflação ao consumidor segue elevada. A alta nos preços dos bens industriais – decorrente de repasses de custos, das restrições de oferta e do redirecionamento da demanda em direção a bens – ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo. Ademais, nos últimos meses os preços dos serviços cresceram a taxas mais elevadas, refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada. Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis.

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