Em dezembro, os fundos de investimentos registraram captação líquida negativa de R$ 150,6 bilhões, terminado o ano com um volume acumulado de R$ 60,7 bilhões. O que surpreendeu foi o resgate de R$ 116,3 bilhões na classe renda fixa em dezembro, a maior desde dezembro/2022. Mesmo com esse resultado, a renda fixa registrou captação líquida acumulada de R$ 243,0 bilhões, a melhor performance da indústria. Por outro lado, a classe multimercados, que recuou R$ 36,1 bilhões em dezembro, acumulou perda de R$ 356,7 bilhões em 2024, o terceiro ano seguido de captação líquida negativa.
Na classe renda fixa, a maior parte das carteiras, mesmo as mais conservadoras apresentaram saída líquida em dezembro. Entre as mais representativas, o tipo Duração Baixa Soberano recuou R$ 47,1 bilhões, enquanto o Duração Baixa Grau de Investimento e o Duração Livre Grau de Investimento perderam R$ 20,8 bilhões e R$ 20,6 bilhões no mês, respectivamente. A maior captação líquida de 2024 ficou com o tipo Duração Livre Crédito Livre com o volume de R$ 156, 2 bilhões.
Nos multimercados, os tipos Livre e Investimentos no exterior, os mais representativos da classe, registraram perdas em dezembro de R$ 23,3 bilhões e R$ 8,6 bilhões respectivamente. No ano, esses tipos recuaram R$ 102,6 bilhões e R$ 190,2 bilhões nesta mesma ordem. Chama a atenção que apenas um tipo apresentou captação positiva em 2024, o Estratégia Específica, fundos que adotam estratégia de investimento que implique riscos específicos, com entrada líquida de R$ 4,9 bilhões.
Na classe de ações, o tipo Ações Livre, de maior PL, apresentou perda líquida de R$ 2,6 bilhões no mês e uma saída líquida de R$ 13,6 bilhões no ano. Um destaque positivo em dezembro foi a entrada líquida de R$ 1,1 bilhão do tipo Ações no Exterior, que também registrou o melhor resultado da classe no ano com R$ 21,8 bilhões.
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