. . Balanço dos resultados

Depois de uma temporada de divulgação dos resultados das companhias abertas fizemos um balanço das posições estratégicas das carteiras e fundos da Geral Investimentos.


As companhias abertas terminam de divulgar os resultados referente ao segundo trimestre e ao primeiro semestre consolidado no final de agosto.

Confira destaques e análises do Analista-chefe da Geral Asset, Carlos Müller.


Banco do Brasil (BBAS3): O Banco do Brasil apresentou bons resultados no trimestre, em linha com as expectativas de mercado. O grande destaque foi o lucro líquido, que na comparação com o mesmo período do ano passado apresentou crescimento 37%, atingindo R$ 4,4 bilhões. Esse resultado foi favorecido pela melhora na margem financeira (impulsionado pelo crédito para pessoa física), melhora do índice de eficiência e redução marginal do índice de inadimplência.


Itaú (ITUB4 e ITSA4): O Itaú apresentou crescimento da lucratividade de 10,2% em relação ao ano anterior, somando R$ 7 bilhões no trimestre e R$ 14 bilhões no semestre. Assim como no Banco do Brasil a expansão da margem financeira nas operações com varejo favoreceu esse resultado. Por outro lado, houve um aumento nas provisões com devedores duvidosos um pouco acima do esperado. O índice de inadimplência apresentou um leve aumento de 0,1 p.p., para 2,9%.

Unidas (LCAM3): A Unidas apresentou um novo crescimento robusto nos resultados. Ao compararmos com o 2T18, a receita aumentou 50,7% (R$ 1.154,9 milhões), o ebitda 32,5% (R$ 316,5 milhões) e o lucro 63,6% (83,9 milhões). Esse resultado foi impactado tanto pelo maior número de diárias e tarifas mais altas, como também pelo maior número de veículos vendidos a preços mais altos.

Petrobras (PETR4): A Petrobras trouxe resultados neutros no trimestre. Se por um lado a política desinvestimentos segue, com o lucro sendo fortemente impactado pelo efeito não recorrente da venda de ativos, por outro lado, o resultado da operação de refino prejudicou as demais linhas da empresa. O fluxo de caixa operacional segue forte, o ebitda apresentou crescimento e o nível de alavancagem vem diminuindo, apesar de ainda se encontrar em patamares elevados (dívida líquida / ebitda de 2,7x).


Suzano (SUZB3): A Suzano apresentou um resultado fraco no semestre, com menores volumes de vendas e consequente redução de receita e ebitda. No que diz respeito ao lucro, a companhia trouxe resultado líquido de R$ 700 milhões, revertendo prejuízo de R$ 2 bilhões do mesmo período do ano passado.Essa melhora se deu exclusivamente pelo resultado financeiro, que havia prejudicado muito a companhia no ano anterior.

O momento para o setor de celulose é desafiador. A produção mundial está em recordes históricos, mas a demanda encontra-se ruim devido ao enfraquecimento econômico de países importantes no cenário mundial, bem como pela guerra comercial entre EUA e China. Esse cenário de demanda e preços não deve se alterar esse ano, mas acreditamos bastante na empresa pela sua excelência operacional e posição de dominância no mercado.


Valid (VLID3): A Valid apresentou um resultado fraco, mas levemente acima das expectativas. A receita cresceu 9,3% em relação ao 2T18, favorecida pela expansão da receita em dólares na área internacional. Por outro lado, aumentos de custos em divisões tradicionais, como identificação e meios de pagamento no Brasil, prejudicaram tanto o ebitda quanto o lucro da companhia (-17,5% e -53,3%, respectivamente).

Se por um lado a operação internacional segue em expansão, o fraco desempenho da economia brasileira tem prejudicado a companhia. Como pontos a destacar, as iniciativas Agro, Educação, Smart Cities, IoT e Banking tem sinalizado ótimo potencial de crescimento para os próximos anos.




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