CARTA DO GESTOR
COMENTÁRIO ECONÔMICO
Volatilidade e euforia na bolsa de valores
O segundo trimestre de 2019 foi de alta volatilidade no mercado financeiro, sobretudo, por razões externas, como:
• A guerra comercial entre Estados Unidos e China;
• A mudança de postura do Federal Reserve (FED, Banco Central dos Estados Unidos) em relação à taxa de juros, onde a expectativa era de elevação e passou a ser de redução.
Internamente, o que influenciou os negócios na bolsa de valores foi:
• As notícias envolvendo a Reforma da Previdência;
• As estimativas, cada vez mais baixas, de crescimento para a economia brasileira;
• E a perspectiva de queda da taxa Selic por parte do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) no segundo semestre deste ano.
Esse cenário resultou no seguinte desempenho do Ibovespa:
Nesse contexto, em abril, o Ibovespa (“termômetro” da bolsa brasileira) ficou praticamente estável, subindo 0,98% em relação a março, e encerrando o mês aos 96.353 pontos.
Maio foi bem diferente de abril!
A alta foi de 0,7%. Parece que foi um mês “tranquilo” no mercado financeiro. Mas não foi.
Em maio o índice chegou a ficar abaixo dos 90 mil, e depois voltou para os 97 mil pontos. E após essa extrema volatilidade, fechou o mês, incrivelmente, com alta de 0,70%.
Em junho, a “euforia” do mercado voltou. Estes são os fatores:
• A indicação de que a reforma da previdência brasileira seria aprovada;
• A expectativa de redução da taxa de juros pelo Copom;
• A sinalização de uma “trégua” nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
No primeiro semestre de 2019, o Ibovespa encerrou o período acima da “barreira psicológica” dos 100 mil pontos, cotado, no dia 28 de junho, aos 100.967 pontos.
Desse modo, o desempenho consolidado do Ibovespa é o seguinte:
Mês de junho +4,06%
Abril, maio e junho (2T19) +5,80%
De janeiro a junho (1S19) +14,9
Em 12 meses +40,7%
Para o futuro esperamos que com a retomada do crescimento da economia brasileira, com a reforma da previdência sendo aprovada, com a taxa de juros voltando a cair e com o cenário internacional favorável, que os preços dos ativos de renda variável continuem se beneficiando positivamente.
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