Como encerramos o ano de 2021? No mercado financeiro, o Ibovespa encerra, por enquanto, com a mesma pontuação de fevereiro de e outubro de 2020: 104 mil pontos. E a um patamar superior a 2018, como mostra o gráfico. Em dólar, alcançou nível parecido de agosto de 2020: 18.551. A variação anual dos índices também está negativa. Exceto pelo IMAT, com 12,7%, e pelo INDX, com 3,72%.
Macroeconomia
O último Boletim Focus divulgado no ano trouxe este retrato: crescimento do IPCA a 10,02%, IGPM a 17,47%, PIB a 4,51%, Taxa de Câmbio a R$5,63 e Selic a 9,25%. Para 2022, é esperado as seguintes variações: IPCA a 5,03%, IGPM a 5,49%, PIB a 0,42%, Câmbio a R$5,60 e Selic a 11,50%.
Relembrando a trajetória do câmbio, ela está neste ritmo ao longo de 2020 e 2021, como mostra o gráfico. Já a Selic, apresentou uma curva muito mais acentuada ao longo do tempo.
Fator positivo
A retomada do mercado de trabalho, especialmente a criação de vagas no setor de serviço, trazem algum ânimo no final do ano. Dados do Caged mostram que o saldo final (criação menos a exclusão de vagas) mostra um desempenho superior a toda a década, alcançando patamar semelhante a 2010. Outros dados, como o estoque de empregos formais também se mostra superior aos últimos anos.
Por fim, os índices de confiança traça um retrato final de outro ano desafiador e apontam os caminhos para 2022. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 0,6 ponto em dezembro, para 75,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice variou 0,1 ponto, para 75,6 pontos, após três meses consecutivos de queda.
“A confiança do consumidor apresenta um resultado positivo em mas fecha 2021 em queda de 2,6 pontos. Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo. O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e a mento do endividamento. 2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Análise feita pelo economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro.
Fontes: B3, Banco Central, Caged e FGV.