. . Inflação em maio é a maior em 25 anos

Toda semana acompanhamos a revisão das perspectivas para os índices de inflação, que medem a variação dos índices de preço, através do Boletim Focus. O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo se refere aos preços de necessidades diárias das pessoas, como comunicação, educação, habitação, transporte, vestuário.

A revisão mais recente do índice feita pelo IBGE, do mês de maio, mostra que em 25 anos não tínhamos variações tão grandes para esses preços, de 0,83% em maio, 0,52 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de abril (0,31%). Só em maio de 1996 essa variação tinha sido de 1,22%. O acumulado no ano foi de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa havia sido -0,38%.

Segundo o economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro, o dado dá luz à importância do investidor buscar proteção em relação à inflação, visto que temos uma taxa de juros básica (Selic) de 3,5%, e só investindo em produtos relacionados à Selic não é suficiente pra cobrir essa alta da inflação ao longo do tempo. Então é importante que o investidor busque alternativas, seja em títulos públicos ou ações. Essa última, uma opção financeira relacionada à economia real, que são as empresas. E é bem provável que, buscando ações que representam boas empresas, a possiblidade de uma remuneração acima do IPCA é bem alta. Além disso, tem a questão da taxa de juros que, por conta dessa inflação elevada, vem seguindo no processo de aumento por parte do Copom (Comitê de Política Monetária), que provavelmente elevará a Selic mais uma vez na próxima reunião, em torno de 0,75 pontos. 

Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados que compõem o IPCA apresentaram alta em maio. O maior impacto (0,28 p.p.) e a maior variação (1,78%) vieram da Habitação, que acelerou em relação a abril (0,22%). A segunda maior contribuição (0,24 p.p.) veio dos Transportes, cujos preços subiram 1,15% em maio, após o recuarem 0,08% em abril. Na sequência, vieram Saúde e Cuidados Pessoais (0,76%) e Alimentação e bebidas (0,44%), com impactos de 0,10 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente. Já a segunda maior variação no mês foi de Artigos de residência (1,25%). Os demais grupos variaram entre 0,06% (Educação) e 0,92% (Vestuário).

No site do IBGE há um relatório completo sobre do IPCA e a variação que apresentou no mês de maio. Leia aqui!




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