O mercado de capitais demonstrou resiliência ao longo do mês de agosto, com captação de R$ 35,2 bilhões, resultando em um volume emitido de R$ 229 bilhões no ano contra R$ 357,1 bilhões colocados no mesmo período de 2022. Com esse resultado, consolidou-se como o terceiro mês em originação de recursos. Nos últimos três meses o volume médio mensal foi de R$ 40,6 bilhões contra R$ 21,5 bilhões de janeiro a maio. Além do crescimento das emissões, a participação relevante das pessoas físicas nas subscrições e a não recuperação da renda variável, mesmo com a queda dos juros, são os destaques do segmento no mês.
Para as debêntures, agosto marcou o segundo melhor desempenho do ano em termos de volume de emissões, aproximando-se dos R$ 20 bilhões emitidos, o que corresponde a 55% do volume total no período. Grande parte das debêntures emitidas entre janeiro e agosto de 2023 apresentaram prazo médio de 6,6 anos, demonstrando um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o prazo era de 6,1 anos. Os recursos destinados continuam a fluir principalmente para capital de giro, respondendo por 43,8% do total do ano de 2023, seguido por investimentos em infraestrutura, com 27,2%. Em relação aos subscritores, aproximadamente 60% das debêntures encerradas em 2023 foram encarteiradas por intermediários e outros participantes relacionados à oferta.
Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) se destacaram no mês de agosto, atingindo R$ 6,8 bilhões o maior volume mensal captado neste ano, que representa 28% do total de CRIs emitidos em 2023. As subscrições das pessoas físicas e dos fundos de investimento, corresponderam a 41,4% e 37,1% do total, respectivamente. Já os (CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) emitidos no mesmo período contam com 70,7% dos subscritores pessoas físicas, em contraste com os 31,5% registrados no mesmo período do ano anterior.
Os fundos imobiliários seguiram a mesma tendência de sucesso dos CRIs, registrando o melhor mês em volume de emissões, com R$ 3,08 bilhões emitidos somente em agosto, representando 22% do total acumulado no ano até o momento. A maioria dos subscritores dos fundos imobiliários continua composta de pessoas físicas, que representam 54% do total subscrito entre janeiro e agosto, seguidos pelos fundos de investimento, que representam 33%.
A renda variável, por outro lado, permanece em uma fase de menor dinamismo, com um total de apenas R$ 1,2 bilhão emitido no mês de agosto, todas as emissões relacionadas a follow-ons.
Fonte: Reprodução Anbima |Baixe o relatório completo aqui.