O novo arcabouço fiscal sugerido pelo Governo Federal deve ser apreciado pelo Congresso Nacional até 10 de maio pelos parlamentares e foi entregue no dia 18 aos presidentes da Câmara e do Senado Federal. O Projeto de Lei Complementar deve substituir o teto de gastos.
O sistema que pode substituir o teto de gastos, implementado em 2017 e que limitava o crescimento das despesas à inflação oficial, tem como principal referência o resultado da arrecadação. Se aprovado o projeto, a alta dos gastos no ano será restrita a 70% do crescimento da receita nos 12 meses anteriores. Com as despesas crescendo sempre menos que a arrecadação, o governo federal prevê alcançar superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 (Fonte GZH).
Com a proposta, o governo Lula pretende controlar os gastos públicos e sair do vermelho, sem tirar dinheiro das áreas que considera essenciais, como saúde, educação e segurança. O governo também quer garantir recursos para investir em obras e projetos que ajudem a economia a crescer.
▶️ Qual a informação mais importante?
O centro da proposta do Ministério da Fazenda é manter o resultado primário positivo e dentro da meta estabelecida para os próximos anos. Resultado primário é o saldo entre a arrecadação e as despesas do governo, sem considerar o pagamento de juros da dívida.
▶️ Quais os principais pontos da proposta?
· Se as contas estiverem dentro da meta, o crescimento de gastos terá um limite de 70% do crescimento das receitas primárias (ou seja, da arrecadação do governo com impostos e transferências).
· Já caso o resultado primário fique abaixo da faixa de tolerância da meta, o limite para os gastos cai para 50% do crescimento da receita.
· Há também um piso anual para investimentos públicos, com base no previsto pelo Orçamento em 2023 (cerca de R$ 70 bilhões) e corrigido pela inflação.
▶️ O que o governo espera alcançar?
Caso o novo arcabouço seja aprovado e implementado, o governo prevê:
· zerar o déficit público da União no próximo ano;
· superávit de 0,5% do PIB em 2025;
· superávit de 1% do PIB em 2026;
· e estabilizar a dívida pública da União em 2026, último ano do mandato do presidente Lula.
Veja aqui a proposta final que foi enviada ao Congresso.
Post atualizado no dia 19 de abril, com a versão final do texto.