. . Elevação da Selic não tem impacto na dinâmica da bolsa de valores

A Selic foi elevada em 0,75 pontos percentuais na segunda reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) que terminou no dia 17 de março, levando a taxa de juros básica da economia brasileira para 2,75% ao ano. A decisão foi pautada em um cenário básico para a inflação em que permanecem fatores de riscos para ambas os lados: da oferta e da demanda.

Tal cenário está detalhado na Ata do Copom divulgada no dia 23 de março. A expectativa dos analistas do mercado financeiro ouvidos para o Relatório Focus é que a Selic alcance os 5% ao ano no final de 2021.

Na visão do analista-chefe da Geral Asset, Carlos Müller, se a Selic atingir esse patamar ela não estará muito maior do que estava há um ano, quando ainda não havia o cenário de pandemia que se instalou no Brasil desde então. “Ou seja, não é uma mudança drástica ao ponto de mudar a ótica dos investimentos na bolsa. Não vejo um impacto na bolsa de valores que, talvez, pudesse acontecer se pensássemos em uma Selic a 10%”, detalha Müller.

Ele acrescenta: “2% ao ano de juros básicos não era o natural para a economia brasileira. E, sim, há um impacto no custo de capital das empresas com ações negociadas, mas isso não deve alterar a dinâmica que a bolsa de valores tem tido”. O analista lembra que a Selic foi reduzida de 4,5% para estimular a economia diante do cenário de crise e, que mesmo assim, diante desse patamar, a bolsa ainda alcançou os 120 mil pontos há um ano.




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