. . O cenário atual e o recorde da bolsa

Perspectivas para o último trimestre do ano, o cenário global e a dinâmica interna foram temas abordados pela equipe da Geral Asset durante apresentação interna, liderada pelo economista-chefe Denílson Alencastro e pelo analista-chefe Carlos Müller.

No âmbito global, uma desaceleração da atividade parece reforçada por indicadores divulgados recentemente. Os juros menores e negativos fazem parte deste contexto – 27% das taxas já são negativas. E 80% dos papéis com esse perfil pertencem aos Bancos Centrais.

Tudo isso é influenciado por mudanças tecnológicas, de produtividade e características de demográficas. Grandes problemas macroeconômicos, como alto endividamento e fraqueza na demanda agregada reforçam uma hipótese de estagnação secular. E criam a chamada “recessão de balanço”.
Isso está acontecendo porque agentes financeiros estão preferindo quitar dívidas a focar em consumo e investimento. E isso não depende somente dos movimentos de redução na taxa dos juros.Em tese, uma reação a esse cenário seria a contínua redução dos juros, o aumento da liquidez no mundo e a retomada de melhora de relações comercial.

Dinâmica interna

Definitivamente o Brasil parece estar apresentando uma dinâmica própria.
Os indicadores estão levemente melhores. A atividade econômica segue retomando lentamente. Varejo e serviços surpreenderam.

Os indicadores de confiança, no entanto, continuam apresentando sinais ambíguos. Dados de desemprego continuam altos, mas vagas seguem sendo criadas mês após mês.

A inflação está sob controle. E a taxa de juros básica deve seguir caindo. Atualmente em 5,5% ao ano, há perspectivas de que termine o ano mais baixa. Medidas estruturais tomada pelos governos parecem estar surtindo efeito. Entre elas regulatórias, de privatização e infraestrutura.

Resposta positiva do mercado financeiro

O cenário atual tem aberto espaço para que o protagonismo do mercado financeiro aumente. Especialmente, as alternativas de renda variável. No fechamento de 21/10, o Ibovespa atingiu novo recorde, superando os 106 mil pontos. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Mercado de Capitais (ANBIMA) reforçam esse processo.

No terceiro trimestre de 2019, o destaque da indústria de fundos de investimentos foi para as classes de ações e multimercados. O aumento galopante fica evidente na imagem. O que pode ser visto também nos números do ano. 

Por fim, a rentabilidade das ações teve o mesmo desempenho, e se destacou em relação aos outros ativos.

 




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