Uma combinação de juros baixos e até negativos, grande circulação de dinheiro e desaceleração das principais economias mundiais resume o quadro econômico global no início da nova década. No detalhe desse cenário é possível verificar nações mais endividadas, mas sem pressionar os juros de longo prazo. Ao que parece, há uma aceitação maior, em nível mundial, desses patamares de endividamento. Com isso, a manutenção de níveis de liquidez.
Do outro lado, no entanto, a tensão comercial segue. Apesar dos analistas julgarem haver uma melhora nas relações entre China e Estados Unidos, outros fatores surgem e não reduzem a influencia de fatores geopolíticos. Na passagem, há o conflito americano com o Irã e a tensão na América Latina. Ainda um pouco longe do radar, mas cada vez mais presente, estão as Eleições Presidenciais nos Estados Unidos, que acontecerão no mês de novembro.
O que isso reflete no Brasil?
Até agora, bem menos do que há algumas décadas. A expectativa de crescimento do PIB para este ano, mesmo que pequeno, contrapõem-se à possível queda na expansão mundial que, não é tão ruim assim comparado aos padrões brasileiros. O mundo deve crescer por volta de 3%. Para o Brasil, a previsão é de 2,30% este ano, conforme o Boletim Focus. Do lado micro, as companhias brasileiras mais influenciadas pelos mercados mundiais têm respondido bem, como aquelas voltadas a commodities.