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A 5ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro é uma pesquisa produzida pela ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, desde 2018. Neste ano, pela primeira vez, a classe D/E foi incluída no levantamento – o que representa 168 milhões de brasileiros. A pesquisa também trouxe novos recortes. Além de gênero, investigou-se o comportamento financeiro dos brasileiros por raça, orientação sexual e geração.
Mais uma vez o levantamento foi feito em meio a pandemia e é possível ver como ela impactou diretamente no emprego e na renda. Mais da metade dos brasileiros (62%) teve perda total ou parcial de renda. Além disso, 54% das pessoas precisaram de dinheiro para alguma emergência. A saída? Resgatar parte dos investimentos, pedir empréstimo ou se desfazer de algum bem. Quando o assunto são as expectativas, o aumento da taxa de juros é um dos fatores que mais impacta positivamente a intenção de investir. Outra boa notícia é que, para 2022, a expectativa é que haja novos entrantes no mundo dos investimentos.
Confira abaixo os alguns recortes da pesquisa e, neste link, acessa ela completa!
Investimentos e atitude
Um terço dos brasileiros investe em produtos financeiros, com destaque para a classe A/B. A poupança permanece como queridinha, com aplicações de 23% da população. Mas há espaço para novos produtos: as criptomoedas totalizaram 2% dos investimentos feitos em 2021 – são mais populares entre as gerações Z e Millenials – empatadas com os títulos públicos, ações e títulos privados.
O retorno das aplicações geralmente tem como destino a casa própria (29% da população).Os brasileiros também pretendem manter o dinheiro guardado ou aplicado (20%) e investir em um negócio próprio (8%).
Diversidade
O comportamento dos investidores pode mudar de acordo com o gênero, a orientação sexual e a raça. Mergulhar nesse detalhamento é uma forma de enxergar como cada perfil trata suas finanças e se adequar, caso necessário, para atender cada um deles de maneira mais eficiente. Com relação ao gênero, descobrimos que as mulheres investem em menor número do que os homens. O principal limitador apontado por 71% delas são as condições financeiras – para os homens esse percentual corresponde a 62%. Os públicos LGBTQIA+ e heterossexual veem a segurança e a reserva de emergência como vantagens dos produtos financeiros, mas pensam diferente na hora de usar o dinheiro aplicado.
Enquanto 40% dos LGBTQIA+ querem realizar o sonho da casa própria, a parcela dos heterossexuais com o mesmo desejo é de 28%. Outra diferença é o meio usado para fazer investimentos: os heterossexuais preferem ir pessoalmente ao banco (43%), enquanto os LGBTQIA+ fazem suas aplicações pelo aplicativo da instituição (42%).
Também existem diferenças na forma de investir quando se olha para negros, pardos e brancos.
Entre os declarantes brancos, 37% investem em produtos financeiros. No grupo de declarados pretos/pardos, eles somam 29%. Quando olhamos os brasileiros que não guardam dinheiro, a parcela de pretos/pardos é de 63% e de brancos de 56%. Aspectos socioeconômicos explicam, em grande parte, essas diferenças.
Fonte: Anbima