Em sua 239ª reunião, encerrada na noite de 16 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 4,25% a.a, promovendo novo aumento de 0,75 pontos percentuais em relação à reunião anterior.
Na atualização do cenário base feita pelo Copom, a tendência de forte retomada da economia, a partir de estímulos fiscais e monetários em diversos países, e o contínuo crescimento das revisões do PIB brasileiro, foram ressaltadas e somadas à persistência do cenário inflacionário. Para o Comitê, essa combinação justifica novo aumento da taxa básica de Juros.
Para o final do ano, a expectativa dos analistas do mercado consultados pelo Boletim Focus, na última semana, é a Meta da Selic em 6,25%.
Segundo o economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro, em entrevista ao site Investing.com, a principal diferença entre o início da normalização da política monetária no Brasil, em março deste ano, para o atual cenário é o comportamento das altas de preços, que começaram a se difundir pela cadeia de produtos.
“Muito do discurso dos últimos meses foi de um choque de oferta, mas estamos vendo que a alta de preços está disseminada, é mais generalizada”, disse.
Para ele, mesmo com a melhora do comportamento do dólar nas últimas semanas, que foi um dos principais fatores para o aumento da inflação do país ao longo do último ano, o efeito deve demorar a ser sentido na economia, com muitas empresas ainda não tendo repassado esses gastos para frente.
Confira o comunicado divulgado pelo Banco Central em relação à decisão do Copom.