O quarto aumento da taxa básica de juros promovido pelo Copom em 2021 levou a Selic para 5,25%. As justificativas principais são a evolução da variante Delta da Covid-19, adicionando risco à recuperação global, e o crescente risco de aumento da inflação nas economias centrais. O aumento foi de 1 ponto percentual em relação à última reunião.
Em nota divulgada ao mercado logo após do anúncio da decisão, o Banco Central detalhou o cenário interno dando os seguintes destaques:
- Em relação à atividade econômica brasileira, os indicadores recentes continuam mostrando evolução positiva e não ensejam mudança relevante para o cenário prospectivo, o qual contempla recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre;
- A inflação ao consumidor continua se revelando persistente. Os últimos indicadores divulgados mostram composição mais desfavorável. Destacam-se a surpresa com o componente subjacente da inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais, causando elevação dos núcleos.
- Também há novas pressões em componentes voláteis, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas. Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo.
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