Em setembro, o mercado de capitais continuou sua trajetória de recuperação registrando um volume emitido de R$ 57 bilhões em 319 operações, sendo o maior volume mensal do ano. Entre janeiro e setembro, a captação acumulada foi de R$ 290 bilhões, contra R$ 404 bilhões ofertados no mesmo período de 2022. O terceiro trimestre já corresponde a 89% do montante observado no primeiro semestre, reflexo de uma retomada de mercado, iniciada em junho, com um ambiente econômico refletindo a expectativa do início do ciclo de queda dos juros.
Para as debêntures, o mês de setembro também foi o melhor resultado do ano, com R$ 31,8 bilhões em volume emitido, correspondendo a 56% do total colocado no mês. Destaque para as debêntures incentivadas, que emitiram R$ 12,3 bilhões somente nesse período. O prazo médio das debêntures emitidas no ano, até setembro de 2023, subiu para 8,3 anos, em comparação aos 6,1 anos do mesmo período de 2022. Nesta mesma linha de comparação, os recursos destinados das ofertas de debêntures mantêm como principais finalidades capital de giro (40,9%) e investimento em infraestrutura (30,0%), o mesmo padrão observado no ano passado.
Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) mantiveram o patamar alcançado em agosto, registrando emissões de R$ 7,1 bilhões em setembro, com incremento de 3,5% no ano. As subscrições das pessoas físicas e dos fundos de investimento corresponderam a 40,4% e 39,8% do total, respectivamente. Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) emitiram no mês de setembro R$ 4,5 bilhões, resultado em linha com os últimos meses. As pessoas físicas detiveram 72% do volume total das ofertas de CRA, sendo a maior parte destinada aos investidores profissionais e qualificados, nesta ordem.
Na modalidade de títulos híbridos, composto por FII (Fundo de Investimento Imobiliário) e Fiagro (Fundo de Investimento no Agronegócio), o volume emitido somado chegou a R$ 3,4 bilhões em 32 operações em setembro, sendo R$ 1,1 bilhão em Fiagro e R$ 2,3 bilhões em FII.
A renda variável teve um mês positivo em um ano com poucas operações, com um total de R$ 6,0 bilhões emitidos em setembro, sendo todas as emissões relacionadas a follow-ons.
Fonte: Ambima – Tenha a cesso aos resultados completos no site